domingo, 8 de maio de 2011

A Revelação de Cristo

Vivemos em tempos que o conhecimento de Deus já se torna acessível aos lugares mais remotos do mundo. Fazer o Senhor conhecido é missão da igreja eleita, afinal para este propósito foi comissionada, Mateus 28:19. Para tanto, o conhecimento de Deus está atrelado a sua própria revelação, isto por que só o conhecemos como Ele próprio se revela a nós. Na verdade, toda tentativa humana de formular conceitos acerca do Senhor, ou declarar uma doutrina concernente a ele, é inútil, a menos que o conceito e a doutrina se apóiem sobre a revelação que ele tem feito de si mesmo em Cristo, e sejam sempre fiéis a ela.


Em João 1:18 declara-se “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer”. Partindo desse principio, compreender a revelação do próprio Cristo é o caminho que se tem disponível para conhecer o Pai, crendo genuinamente em seu intento de salvação a humanidade.


Encontramos em Lucas 23:39-45 uma história em que a revelação de Cristo superou as condições desfavoráveis e foi capaz de proporcionar a um homem a certeza de salvação imediata. Trata-se do momento da crucificação de Jesus Cristo, instantes dos quais a figura de Jesus “não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.” (Isaías 53:2). No entanto, um dos malfeitores crucificados ao lado de Jesus foi capaz de enxergar além da figura desfacelada exposta na cruz do calvário, este fora agraciado com a Revelação de Cristo.


É interessante que ambos os malfeitores estavam ao lado de Jesus, porém, apenas um enxergara o real propósito da Cruz, entendendo que o reino do Senhor Jesus não era terreno e sim espiritual. Observe que, ao ter os seus olhos abertos para tal conclusão, imediatamente reporta-se a Jesus (v 42): “lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino”. Naquele momento sua boca era o único instrumento disponível para demonstrar a Jesus o seu arrependimento e a única maneira para galgar o Reino dos Céus e este a usou com veemência.


Imagine comigo! Em dias atuais, quantas são as pessoas que estão ao lado de Cristo, que o professam como salvador de suas vidas, mas, não conseguem discernir o real propósito de Jesus para si? Outros ficam esperando desprender-se de sua “cruz” pessoal para usar os seus lábios em busca de um subterfúgio sem igual, do qual, só será alcançado por intermédio da oração. Note que naqueles dias, muitos só se renderam a Cristo e tornaram-se seus seguidores, pelo fato de contemplar a manifestação da glória de Deus através dos milagres, sermões e maravilhas das quais operou. Entretanto, a revelação de Cristo ultrapassa os momentos de triunfo, que poderíamos classificar como “favoráveis”, porém, pode ser alcançada nas circunstancias mais melindrosas desta vida.


De acordo com o dicionário Aurélio, revelar corresponde a tirar o véu, descobrir e desvelar. Em nossos dias o Espírito Santo encarrega-se desta tarefa, com a finalidade de conduzir a todos a esta experiência inigualável (I Co 2:9-10). Todavia, é necessário nos atentarmos para a Cruz com mais diligência, a fim de que desta verdade jamais venhamos nos desviar, lembrando e guardando-o para as situações mais obscuras que possa nos surpreender, pois é nestes momentos que a revelação de Cristo será capaz de transformar os nossos posicionamentos e os rumos de nossas vidas, afinal foi nos últimos instantes de vida que aquele malfeitor foi surpreendido pela redenção de Cristo Jesus.


No amor do Pai, na esperança que é Cristo,


Thiago Cavalcante


Juntos no Crescimento do Reino!

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